sexta-feira, 20 de julho de 2007

A importância do "H" na não menos importante palavra "Há"

Há coisas que me irritam. Há coisas que me irritam ligeiramente, há coisas que me irritam mais ou menos e há coisas que me irritam terminantemente.
Ora, se me irritam, quer dizer que existem e, se existem, o "há" é um verbo e vem do verbo "haver", sinónimo de "existir". É essa a regra de ouro para o uso desta pequena palavrinha de tão grande importância. Nela se encerra toda uma existência e, apesar de pequena, é provavelmente responsável por cerca de 40% (só esta única palavra!!!) de todos os erros ortográficos dados em Portugal. O facto é que mesmo as pessoas que escrevem relativamente bem e sem erros tropeçam, muitas vezes neste pequeno calcanhar do português. E é quem nem é difícil evitá-lo. Basta pensar dois segundos. Existe? Se existe, é há!
Deparo-me muitas vezes com coisas pavorosas como "à pouco", "à dois anos", "à bocado". Quando as vejo, todas as minhas entranhas se revoltam. Tudo isto existe, portanto? "Há!"
Vá lá, meus amigos, dois segundos de atenção ao escrever o próximo "à" e verão como tudo se tornará bem mais simples...
Ah (também aqui o "h" é importante, mas apenas para mostrar a interjeição, bem diferente do verbo na terceira pessoa do singular), isto faz parte das coisas que me irritam terminantemente!
Boas escritas!

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