terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Sedução, Conspiração

Chamem-me racista, preconceituosa, narrow-minded, básica, o que quiserem, mas tenho dificuldade em acompanhar filmes unicamente com actores orientais e falados em línguas que não entendo. Até conseguir distinguir as personagens já passou meio filme e depois ainda me falta apanhar o sentido da história...

Sedução, Conspiração insere-se nesta categoria. No intervalo (sim, porque o Alvaláxia agora tem intervalo em praticamente todas as sessões, vá-se lá entender a lógica organizacional do espaço...) já tinha percebido quem eram as personagens (depois de alguma confusão inicial) e já estava a captar alguma da história (para o que as legendas traduzidas, presumivelmente, a partir do inglês, nem sempre são a melhor ajuda). Apesar da extensão (157 minutos), é um filme que se vê bem. Não senti o arrastar de que tantas vezes me queixo (terão as cenas de sexo explícito alguma coisa a ver com esse facto?) e o facto de termos obrigatoriamente de ler as legendas deixa-nos mais presos à história, tentando captar todo o seu sentido, uma vez que, pela fala das personagens, isso nos é impossível.

Quanto à história, ela fala-nos de um grupo de nacionalistas chineses que procura defender o seu país da ocupação japonesa, ao tempo da Segunda Guerra Mundial, através de uma conspiração para matar um traidor chinês que apoia o lado japonês. Versados na arte de representar por pertencerem a um grupo de teatro universitário, criam um esquema em que a personagem principal, a tímida Menina Wong, terá de representar o papel de uma mulher casada e apetecível que seduzirá o traidor com o objectivo de matá-lo. Enredada nos meandros de uma relação marcada pela violência sexual, a personagem procura fechar o seu coração a qualquer sentimento relativamente àquele homem, mas até que ponto o consegue? É essa a questão que permanece por responder até ao final do filme e que tão bem marca o célebre cliché: "Quanto mais me bates, mais eu gosto de ti".

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2 comentários:

cris disse...

Porque não estudas mais línguas e te tornas uma poliglota a valer.Lool! Era uma solução.

Junta-te ao clube disse...

Opá... eu achei o filme tão chatinho, benza o Deus. E eu que até gosto muito do Ang Lee, fiquei algo desiludido...

Ass: Gattaca