quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

No Vale de Elah

Mais uma vez a convite da RFM, lá estive ontem na ante-estreia de No Vale de Elah, protagonizado pelo nomeado ao Oscar de Melhor Actor Principal Tommy Lee Jones e pela sempre bela, também ela já homenageada com o Oscar, Charlize Theron. Tenho sempre imensa dificuldade em reconhecê-la, porque a imagem que guardo dela é a da personagem que representou em Monster, onde estava gorda e feia. Enfim...

Quanto ao filme em si, gostei. Gostei da história, gostei dos desempenhos, gostei da imagem sombria de uma América que ainda acredita que os seus soldados são heróis de guerra, apesar das muitas atrocidades cometidas no exterior, gostei da tristeza de um pai que, sem chorar, porque os homens não choram e muito menos os sargentos do exército, transmite todo o desgosto e inconformismo relativamente a uma situação que não entende e que pretende esclarecer para que possa, por fim, encontrar um pouco de calma e tranquilidade.

Baseado em acontecimentos reais, No Vale de Elah conta-nos a história de um pai que num dia descobre que o filho que julgava no Iraque voltou e está desaparecido, que dois dias depois descobre que o filho que julgava desaparecido foi brutalmente assassinado, desmembrado e incinerado, e que, alguns dias depois descobre que o filho que foi brutalmente assassinado não era a figura inocente que ele criara mentalmente, descobrindo, ao mesmo tempo, quem o matou. É um drama familiar mas é, ao mesmo tempo, um drama nacional, o drama de um país que manda os seus filhos para a guerra noutros países e que não os reconhece quando eles regressam.

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