terça-feira, 21 de agosto de 2007

You go your way, I'll go your way too

Acabei de ler esta frase num dos blogs que acabo de visitar. O autor dizia que alguém lha tinha dito para resumir aquilo que é o amor, por oposição a sexo, comodismo, e tantos outros -ismos...

Eu gosto da frase. Resume uma entrega, uma abnegação em prol do outro, uma vontade de tudo fazer para que o outro se sinta bem na nossa companhia. Trata-se, contudo, de uma auto-anulação que nem sempre resulta no melhor dos finais. Quantas vezes abdicamos de coisas, pessoas, situações que nos fazem bem, felizes e nos dão satisfação e segurança para seguir o "caminho" do outro? Quantas vezes suprimimos os nossos desejos e vontades para ir de encontro ao gosto do outro? Quantas vezes nos anulamos enquanto pessoas para nos revermos enquanto relação?

E o que acontece depois, no momento em que o outro chega à brilhante conclusão de que o caminho dele não suporta uma segunda pessoa, e que, a suportá-la, será outra pessoa que não nós? Por que artes mágicas conseguiremos reaver a parte de nós que desapareceu no momento em que nos entregámos de alma e coração ao caminho que o outro percorre? De que passe de magia precisamos para reconquistar coisas, pessoas e situações que deixámos escapar por entre os dedos?

Deixo-vos com esta, embora também eu seja uma eterna iludida...

1 comentário:

Vitor disse...

Posso comentar, posso?????
Eu aprendi a viver assim e a tirar partido disso embora às vezes me magoe, porém, às vezes já há (e não à) alturas que me apetece parar e ficar sentado na berma da estrada a ver se alguem volta atrás....