quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O Petróleo, a morte e a crise

A angústia persegue-me, talvez hoje mais do que ontem, talvez amanhã mais do que hoje.
Ando a ler "O Sétimo Selo" (já estou a acabar) e acho que o clima apocalíptico do livro contribui muito para isso. Começo a pensar no fim do petróleo, do mundo como o conhecemos e acho que isso me angustia. Há uns seis anos, quando ouvi falar do pico do petróleo pela primeira vez, dizia aos meus amigos que não teria filhos porque o petróleo iria acabar e não conseguiria levar as crianças à escola, mas a questão vai muito para além disso. Acho que hoje me apercebi também que sem petróleo (energia) não posso continuar a trabalhar da maneira que trabalho, no que trabalho e acho que isso ainda me angustiou mais.
Logo à tarde tenho uma missa em memória de uma amiga que partiu cedo demais, há dois anos, com tanto para viver e com tantas experiências para viver. Amanhã tenho um funeral, da minha única tia, que, a bem dizer, já não vivia, só lá estava. Não é a segunda que me incomoda, mas a recordação da primeira.
Ontem vi, num forum de vendas e trocas, alguém que vendia uma televisão por 50 euros ou trocava por fraldas tamanho 5. Hoje de manhã apercebi-me de que isso mexeu profundamente comigo. Vejo ali uma mãe que, provavelmente, foi despedida na sequência da licença de maternidade. a quem o dinheiro não chega e que vende os seus bens para comprar fraldas.
Chove lá fora e dentro de mim.

1 comentário:

Hugo disse...

O outono atacou-te em força.