terça-feira, 21 de agosto de 2007

You go your way, I'll go your way too

Acabei de ler esta frase num dos blogs que acabo de visitar. O autor dizia que alguém lha tinha dito para resumir aquilo que é o amor, por oposição a sexo, comodismo, e tantos outros -ismos...

Eu gosto da frase. Resume uma entrega, uma abnegação em prol do outro, uma vontade de tudo fazer para que o outro se sinta bem na nossa companhia. Trata-se, contudo, de uma auto-anulação que nem sempre resulta no melhor dos finais. Quantas vezes abdicamos de coisas, pessoas, situações que nos fazem bem, felizes e nos dão satisfação e segurança para seguir o "caminho" do outro? Quantas vezes suprimimos os nossos desejos e vontades para ir de encontro ao gosto do outro? Quantas vezes nos anulamos enquanto pessoas para nos revermos enquanto relação?

E o que acontece depois, no momento em que o outro chega à brilhante conclusão de que o caminho dele não suporta uma segunda pessoa, e que, a suportá-la, será outra pessoa que não nós? Por que artes mágicas conseguiremos reaver a parte de nós que desapareceu no momento em que nos entregámos de alma e coração ao caminho que o outro percorre? De que passe de magia precisamos para reconquistar coisas, pessoas e situações que deixámos escapar por entre os dedos?

Deixo-vos com esta, embora também eu seja uma eterna iludida...

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Agosto

Eu gosto de estar na cidade em Agosto.
Pode parecer tonteria, mas gosto da "falta" de gente, de andar à vontade na estrada (agora que tenho um carro nas mãos isso adquire uma importância muito maior...), de sentir o fresquinho da minha casa ao voltar do calor tórrido da rua (não dos últimos dias, que tem estado mais fresquito), de trabalhar quando os outros estão de férias e depois tirar uns dias mais calmos em Setembro ou Outubro (este ano não sei se os tirarei efectivamente, mas tenciono continuar a aproveitar o Verão).
A verdade é que, com metade do país e da classe trabalhadora de férias, o trabalho aumenta e aqueles que, como eu, ganham ao trabalho, não se podem dar ao luxo de deixar passar essa oportunidade de ganhar mais umas coroas, até porque as despesas aumentam a cada dia que passa. Não me queixo. Tenho trabalhado muito, mas tenho encontrado umas horitas para ir à praia de manhã, para ir ao cinema de vez em quando e para ler.
Hoje estou de "folga". É uma sensação estranha, depois de todo o stress dos últimos dias. Tenho a sensação de que sou uma workaholic, pois quando não tenho o que fazer sinto-me perdida. Apesar de poder e dever arrumar a casa, não é isso que me fascina e a motivação não é lá grande coisa. Enfim...
Fazendo uma pequena revisão às últimas novidades, eis uns pequenos apontamentos sobre o que tenho visto, ouvido e lido:

Paranóia
"Um assassino é sempre vizinho de alguém"
Condenado a dois meses de prisão domiciliária por ter agredido um professor, o jovem protagonista desta história decide vigiar a vida quotidiana dos seus vizinhos de modo a passar o tempo. Um dos vizinhos levanta-lhe suspeitas e, com a ajuda do melhor amigo e de uma nova vizinha por quem se apaixona, decide ingressar numa verdadeira perseguição e investigação policial.
Não é extremamente surpreendente, mas está bem conseguido e não é pretencioso.
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300
Este fui ver ao estádio do INATEL, à festa do cinema. Já ando para lá ir há mais de 3 anos, mas este ano foi a primeira vez que o concretizei efectivamente.
O espaço é agradável, os preços são acessíveis e a selecção de filmes, apesar de se basear quase exclusivamente em blockbusters, não esteve mal de todo.
Quanto ao filme em si, sendo uma película baseada numa banda desenhada, tem um estilo muito próprio e ou se ama, ou se odeia. Eu gostei. Não sou susceptível à violência e tem um humor interessante. Giro giro é ver a caracterização do Rodrigo Santoro, que não tem mais sítio onde enfiar argolas...
Uma nota para aqueles que levam os filhos ao cinema sem se informarem daquilo que vão ver: à minha frente estava um casa com um miúdo que não tinha mais de oito anos e que, nas cenas mais violentas, tirava os óculos (de fundo de garrafão) e enfiava a cara no colo da mãe. Era evidente que nem o miúdo as queria ver, nem os pais queriam que ele visse este tipo de cenas. Mas então por que razão levaram um miúdo de 8 anos para um filme classificado para maiores de 16????
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Ratatui
Mais um filme com o selo de qualidade dos estúdios da Pixar. E falamos efectivamente de qualidade, pela história, pelas imagens, pela dobragem...
Um rato com um apurado olfacto tem o sonho de ser um grande chefe cozinheiro, mas o problema está precisamente aí: é um rato!!! Depois de muitas aventuras e desventuras, arranja a marioneta perfeita para fazer os seus cozinhados e torna-se naquilo que sempre sonhou...
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Codex 632
Já o andava a ler antes, mas interrompi para devorar o Harry Potter. Agora que pude voltar a ele, já o acabei e fiquei extasiada. Uma história de ficção, bem certo, mas com uma grande pesquisa por trás e muita, mas muita imaginação a pimentá-la. A minha única dúvida reside em saber onde o autor vai arranjar tempo para a pesquisa e para a escrita com o trabalho de pivot do telejornal e de professor de jornalismo na Universidade Nova de Lisboa... Terá ele um daqueles intrumentos fantásticos que existem nos livros do Harry Potter e fazem com que o tempo volte para trás, dando-nos a possibilidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo? Se assim é, também quero...
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E agora um registo mais ligeiro...
Eu gosto de rádio. Tenho CD's, mas ouço muito pouco, prefiro ouvir a voz de alguém de vez em quando a dizer seja o que for. Como tal, ouço muita música comercial e não tenho vergonha disso. Eu gosto de música comercial, dependendo da música, claro. Neste momento, tou apaixonada pela tripla Timberland, Justin Timberlake e Nelly Furtado. Ele é ver-me a pular na cadeira ou no carro de cada vez que a música começa!!!

E por agora chega, que já tá longo...
É o que dá ficar tanto tempo sem escrever:)

domingo, 5 de agosto de 2007

Harry Potter and the Deathly Hallows #2

Pois que já está...
Acabei a leitura na sexta, numa ânsia por saber o fim e depois de ter lido umas coisitas que diziam que o epílogo era mauzito. De facto, o epílogo sabe-nos a coisa reles, mas acho que é um mal menor no meio de tanta boa leitura que nos foi proporcionada até ali.
Confesso que não sabia muito bem o que esperar do final, até porque já por aí se dizia que haveria mais mortes e de personagens importantes. Não vou dizer quem morre, claro está, mas não foi quem eu estava à espera.
No meio de 609 páginas, descobrem-se segredos antigos, resolvem-se mistérios deixados em aberto e incute-se de novo a ideia (demasiado gasta, na minha opinião) de que o amor é uma grande arma (pelo menos no mundo da magia).
Dos comentários que entretanto li, e que apontam a falta de descrição do futuro de determinadas personagens queridas a alguns leitores, é claro que gostaria de saber o seu futuro, mas temos de compreender que a autora sempre utilizou um método de focalização através da personagem principal, ou seja, o leitor vê através dos olhos de Harry Potter e só sabe aquilo que a própria personagem sabe, lhe é dito ou as sensações que experimenta ao longo das páginas. Sinceramente, gosto desta forma de escrever, já que nos põe, até certo ponto, na pele do próprio Harry Potter, descobrindo segredos com ele, resolvendo mistérios à medida que ele o faz e mergulhando nos pensamentos das outras personagens quando tal lhe é permitido.
Uma nota final sobre a personagem Severus Snape que nos consegue surpreender até (quase) ao último capítulo e que considero uma das personagens mais bem desenvolvidas ao longo de toda a saga (apesar de não gostar dele).
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sexta-feira, 3 de agosto de 2007

The Simpsons

Pois que fui ver o filme. Pois que não trouxe nada de novo, para além de um namorado para a Lisa. É mais do mesmo e, apesar de algumas gargalhadas fugidias, não me encheu as medidas...
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